Como ter uma boa relação: Professor x Aluno na questão da Indisciplina.
Para uma relação professor-aluno são necessários dois requisitos fundamentais: a repetição e a legitimação que segundo o autor Aquino, a função da escola é praticada continuamente, ou seja, é a repetição, ela se repete há muitos anos e a legitimação é uma delegação de legitimidade e autoridade a escola sobre o fazer educacional, a sua função é de ensinar e tendo a relação professor-aluno como o núcleo fundamental.
A indisciplina é um problema que deve ser solucionado pelo professor e o aluno no núcleo concreto das práticas educativas e do contrato pedagógico, pois é através da escola que traçamos o manejo da indisciplina.
A solução disso tudo pode estar na forma como se da à relação professor-aluno através dos vínculos que se estabelecem nas relações cotidianas, a maneira de se posicionar perante o nosso aluno, pois o lugar do professor é relativo ao do aluno e vice-versa, ambos são parceiro do mesmo jogo.
E o que fazer quando não tem essa relação, quando o aluno não apresenta a infra-estrutura para o trabalho? Sabemos que todos os alunos tragam alguma coisa dentro de si, o que pode acontecer é que nós professores não sabemos lidar com a situação, pois uma ótima relação pode-se fundar ou resgatar a moralidade na medida em que o trabalho vai desenvolvendo. Esse trabalho não requer que o aluno permaneça estático, calado e obediente, pelo contrário o trabalho do conhecimento implica a inquietação, o desconcerto e a desobediência e a questão fundamental está na transformação desta desordem em uma nova ordem pedagógica, que nada mais é que o restabelecimento da função epistêmica autêntica e legítima da escola.
Cássia Darllet, Adeniz Oliveira e Dulcimar Alencar
Bibliografia:
Aquino, Julio Groppa. Indisciplina na escola: Alternativas teóricas e práticas. São Paulo: Summus,1996.
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